quarta-feira, 21 de maio de 2008

Sócrates exclui descida do ISP

in http://diarioeconomico.com

O primeiro-ministro colocou hoje de parte a possibilidade do Governo vir a baixar o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), avançando com o elevado défice herdado do Governo anterior.


Pedro Duarte

Ao falar durante o debate quinzenal que tem hoje lugar na Assembleia da República, subordinado ao tema da Economia, José Sócrates disse que uma das razões para não descer o ISP é "as dívidas que os senhores [da Oposição] deixaram".

Relativamente a medidas para ajudar os mais pobres a enfrentar os elevados preços dos combustíveis, Sócrates recordou "o congelamento dos passes sociais".

"É o que honestamente eu acho que o Estado deve fazer para preservar os recursos das famílias mais necessitadas", disse.

Relembrando que Paulo Portas criticou o Governo de Guterres por ter congelado os preços da gasolina e defendido a liberalização, Sócrates perguntou "quem é que decidiu a liberalização dos preços da gasolina? Uma portaria de 2003, que diz que os preços passam a estar liberalizados", sendo por isso da responsabilidade do Governo que Paulo Portas integrou.

Relativamente ao peso da fiscalidade nos preços dos combustíveis, Sócrates precisou que actualmente esta é de 60%.

"Era de 69% no tempo do anterior governo. Paulo Portas com 60% indigna-se. Com 69%, achava que era uma coisa absolutamente normal", ironizou o chefe do Governo.

Em resposta, o líder do CDS/PP perguntou a Sócrates se "quer comparar os preços de há três anos com os actuais? Julga que somos tolos? A carga fiscal é da sua responsabilidade", podendo o Governo actual mudar a carga fiscal à sua vontade.

1 comentário:

Anónimo disse...

A primeira coisa que este senhor deve fazer é começar a falar verdade. O facto é que o ISP vai aumentando proporcionalmente ao preço de venda dos combustíveis. Não baixa, nem se mantem; sobe! E, paralelamente, sobe a cobrança de IVA nos produtos que sobem por arrasto em consequência desta subida. Hoje, mais do que nunca, qualquer posto de venda de combustíveis funciona como uma autêntica tesouraria de finanças. Não há dinheiro que lhes chegue, mas não apresentam resultados. O nosso país é o campeão dos maus indicadores económicos.